No dia 27/6, foi divulgada a 20ª edição do “QS World Universities Ranking”, em que a Universidade Federal de Minas Gerais ficou entre as 700 melhores universidades do mundo. Os resultados baseiam-se na análise de 2.963 universidades de 104 países e nas opiniões de especialistas – entre pesquisadores e empregadores – sobre mais de 17 milhões de trabalhos acadêmicos.
Pela primeira vez, os critérios “Resultado de Emprego”, “Sustentabilidade”, e “Rede Internacional de Pesquisa” foram utilizados para o diagnóstico, de modo que a UFMG surpreendeu positivamente ao ser a 268ª instituição mais bem avaliada mundialmente no indicador de reputação acadêmica, além de ocupar a quinta posição no Brasil em relação ao índice de empregabilidade de egressos.
Assim como a UFMG, o Departamento de Engenharia Eletrônica preza pela manutenção da qualidade do ensino público superior, ancorado em atividades que permitam a mútua influência e contribuição: o ensino que baliza a pesquisa e extensão, resultando no benefício da comunidade e de seus ex-alunos. Nesse sentido, a empregabilidade também é valor imprescindível para a instituição.
Welbert Alves Rodrigues possui graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais e atualmente é professor também no curso de Engenharia Elétrica na Universidade de Ouro Preto. Segundo ele, embora hoje desempenhe suas atividades na área acadêmica, a vertente empreendedora sempre o acompanhou, de modo que voltou-se a desenvolver a área da pesquisa aplicada, habilidade que considera ser imprescindível na engenharia elétrica. A união entre pesquisa e aplicação possibilitou que criasse – junto a um colega de laboratório, no doutorado – a Solar View, empresa do mercado de energia solar.
“O desejo de fazer algo que gerasse um produto, ou uma solução tecnológica surgiu na graduação, de forma embrionária. Principalmente pensando na sustentabilidade, no meio ambiente, quando surgiu a questão da energia solar, uma energia limpa. Na pós-graduação – mestrado e doutorado – isso ficou mais concreto para mim”, afirmou Welbert.
A partir do mestrado e doutorado, nos quais as energias renováveis foram campo de investigação, o engenheiro eletricista reforçou suas expertises voltadas à aplicação, pensando no mercado ao utilizar elementos da pesquisa e transformar em um produto.
Durante a graduação, fez estágio na Asotech – Advanced System Optimization Technologies – empresa de tecnologia que se dedica à pesquisa e desenvolvimento de soluções para apoiar a modelagem, otimização e controle de sistemas e processos e a tomada de decisão em cenários complexos. Na época, Welbert pôde entrar em contato com o projeto de trazer uma solução ucraniana para o Brasil, coordenado pelo prof. Petr Ekel – dono da companhia –, com o qual teve contato no programa de pós-graduação da UFMG (PPGEE) e foi grande inspiração para sua carreira, já que unia as duas áreas de atuação: a acadêmica e sua aplicação sob o viés do empreendedorismo.
Como conselho aos estudantes, Welbert ressaltou o impacto da formação na UFMG em sua carreira, especialmente sob o ponto de vista do networking. “Um dos principais pontos positivos que a Universidade traz é o networking, o contato com colegas, futuros sócios de empresas, futuros empreendedores e parceiros de projetos.” Para o engenheiro, é essencial aproveitar os 5 anos da graduação para se desenvolver tanto tecnicamente, quanto habilidades que não se têm na grade da graduação, por exemplo.
“Além do conhecimento técnico adquirido na graduação, o networking, esse contato e troca de experiências são fundamentais para a construção de projetos futuros. Graças à UFMG eu conheci o Aécio (meu sócio) e nos juntamos para fazer a empresa acontecer”, finalizou Welbert, salientando a importância de se conectar aos colegas e, principalmente aos professores, visando oportunidades também fora da área acadêmica.